Parâmetros Pessoais
Este seletor muda apenas a unidade de exibição. 1 mmol/L = 18 mg/dL.
Estimativas & Segurança
“Cap” = teto para a correção quando há bolus de carbo. Ajuda a evitar hiper-correção. Se você for corrigir sem comer (carbo = 0), considere desativar o cap.
ISF ≈ Constante ISF / DTD (mg/dL por U). ICR ≈
Constante ICR / DTD (g por U).
Ao alterar DTD/constantes/unidade, ISF/ICR são recalculados
automaticamente com conversão correta de unidade.
Resultado do Cálculo
Componentes do Bolus
Resumo
Total (antes de arred.): U
Total final arredondado: U
O que é insulina bolus?
Insulina bolus (insulina de ação rápida) é a dose aplicada antes das refeições para cobrir os carboidratos ingeridos e/ou para corrigir uma glicemia acima do alvo. Ela busca imitar o pico de insulina que o corpo saudável libera após comer, ajudando a manter a glicose na faixa desejada.
Como funciona
- Ação rápida: costuma iniciar em ~10–20 min, com pico em ~1–3 h e duração aproximada de 3–5 h (valores variam por pessoa e produto).
- Cobertura de carboidratos: fornece a insulina necessária para processar a refeição e limitar a hiperglicemia pós-prandial.
- Correção de glicemia: quando a glicose está acima do alvo, calcula-se um bolus de correção com base no ISF (Fator de Sensibilidade à Insulina).
- Simulação fisiológica: objetiva reproduzir o pico natural de insulina após comer.
Basal x Bolus
Na insulino-terapia, especialmente no diabetes tipo 1 (e em parte dos casos de tipo 2), combinam-se duas peças: basal (insulina de fundo, 24 h) e bolus (para refeições e correções). A calculadora estima o bolus usando seus parâmetros pessoais — ISF (Fator de Sensibilidade à Insulina), ICR (Razão Insulina-Carboidrato) e alvo — junto com a refeição informada.
Como a calculadora funciona (objetivo, entradas e lógica)
Objetivo: estimar, de forma educativa, a dose de insulina bolus para refeições e/ou correções, a partir dos seus parâmetros pessoais: ISF (Fator de Sensibilidade à Insulina), ICR (Razão Insulina–Carboidrato) e alvo de glicemia, além dos dados da refeição. Os resultados devem ser validados pelo seu endocrinologista.
Entradas consideradas
- Glicemia atual (mg/dL ou mmol/L) e glicemia alvo.
- ICR (Razão Insulina–Carboidrato, em g/U) — pode ser sugerido via DTD.
- ISF (Fator de Sensibilidade à Insulina, em mg/dL por 1U ou mmol/L por 1U) — pode ser sugerido via DTD.
- Carboidratos da refeição (g).
- Opções de segurança: arredondamento da dose, cap de correção e ajuste por exercício.
Estimativas a partir da DTD
Quando informado, a DTD (Dose Total Diária) pode sugerir:
-
ISF ≈
Constante ISF ÷ DTD(ex.: regra 1800 → mg/dL por U). -
ICR ≈
Constante ICR ÷ DTD(ex.: regra 500 → g por U).
As constantes podem ser personalizadas na interface.
Lógica do cálculo (passo a passo)
- Unidade de glicose: a calculadora trabalha internamente em mg/dL. Se você escolher mmol/L, fazemos a conversão (1 mmol/L = 18 mg/dL) para glicemia atual, alvo e ISF.
-
Bolus de carboidrato:
bolusCarbo = carbo (g) ÷ ICR (g/U). -
Bolus de correção:
correção = (glicemiaAtual − glicemiaAlvo) ÷ ISF. Se glicemiaAtual < 70 mg/dL (ou <3,9 mmol/L), exibimos alerta de hipoglicemia e não sugerimos bolus. -
Cap de correção (opcional): aplicamos um
teto para a correção, limitado a um múltiplo do bolus
de carbo:
correçãoCap = min(correção, fatorCap × bolusCarbo). Em correções sem comer (carbo = 0), considere desativar o cap de correção. -
Soma dos componentes:
total = max(0, bolusCarbo + correçãoCap). -
Ajuste por exercício (opcional): reduzimos o
total em um percentual escolhido:
totalAjustado = total × (1 − percentualExercício). -
Arredondamento: o resultado final é arredondado
para o passo definido (p.ex. 0,5 U para canetas):
totalFinal = arredondar(totalAjustado, passo).
Observações importantes
- Valores “típicos” variam entre indivíduos; personalize ISF (Fator de Sensibilidade à Insulina) e ICR (Razão Insulina–Carboidrato) com sua equipe de saúde.
- Gordura e proteína podem retardar a absorção do carboidrato; resultados pós-prandiais devem ser monitorados.
- Doença aguda, estresse e certos fármacos (ex.: corticoides) podem demandar ajustes temporários.
Em resumo, o total sugerido resulta da soma da cobertura do carbo com a correção (respeitando o cap, se ativado), com ajuste por exercício quando indicado e, por fim, arredondado ao passo selecionado. A precisão depende de ICR, ISF e alvo bem calibrados.
Esta ferramenta é educacional e não substitui avaliação clínica. Em gestação, pediatria, cetose, doença aguda ou uso de bombas com algoritmos automáticos, siga protocolos específicos e orientação do seu endocrinologista.
ISF e ICR: o que são e como usar
ISF (Fator de Sensibilidade à Insulina)
O ISF (Fator de Sensibilidade à Insulina) indica quanto a glicose cai após 1 unidade (1U) de insulina de ação rápida. É expresso em mg/dL por U (ou mmol/L por U quando estiver usando mmol/L).
- Exemplo (mg/dL): ISF = 30 mg/dL/U ⇒ 1U tende a reduzir ~30 mg/dL.
- Exemplo (mmol/L): ISF = 1,7 mmol/L/U ⇒ 1U tende a reduzir ~1,7 mmol/L.
-
Uso: calcular correção quando a
glicemia está acima do alvo:
(glicemiaAtual − glicemiaAlvo) ÷ ISF.
ICR (Razão Insulina–Carboidrato)
O ICR (Razão Insulina–Carboidrato) indica quantos gramas de carboidrato são cobertos por 1U de insulina. É expresso em g por U.
- Exemplo: ICR = 10 g/U ⇒ 1U cobre ~10 g de carbo.
-
Uso: calcular o bolus do alimento:
carbo (g) ÷ ICR (g/U).
Estimativas iniciais (regras de bolso)
A partir da DTD (Dose Total Diária), pode-se estimar valores iniciais e depois ajustar:
-
ISF estimado:
Constante ISF ÷ DTD(ex.: regra 1800 → mg/dL por U). -
ICR estimado:
Constante ICR ÷ DTD(ex.: regra 500 → g por U).
As constantes podem ser personalizadas (nem todo protocolo usa 1800/500). Sempre valide com seu endocrinologista.
Calibração prática
- Revise pós-prandial (~2–4 h): se sempre alto, ISF pode estar fraco (número alto demais) ou ICR muito “generoso” (g/U alto).
- Se sempre baixo/padrões de hipo, avalie reduzir correção (ISF “forte” demais) e/ou aumentar ICR (menos carbo por U).
- Ajuste por faixa horária: manhã/noite podem exigir ISF/ICR distintos.
Em hipoglicemia (< 70 mg/dL ou < 3,9 mmol/L) priorize tratar a hipo e reavaliar; evite bolus de correção.
Fatores que impactam ISF (Fator de Sensibilidade à Insulina) e ICR (Razão Insulina–Carboidrato)
Cronobiologia & rotina
- Hora do dia: manhã pode requerer doses diferentes do período noturno (efeito do alvorecer, hormônios contra-reguladores).
- Sono e estresse: noites curtas e estresse elevam hormônios que podem aumentar a glicemia e mudar a resposta à insulina.
Composição da refeição
- Gordura e proteína: atrasam esvaziamento gástrico e absorção do carbo; picos tardios podem ocorrer.
- Índice/ carga glicêmica: alimentos de alto índice glicêmico exigem ação mais rápida que refeições mistas/lentas.
Atividade física
- Exercício aeróbico/moderado: tende a aumentar a sensibilidade (ISF “fortalece” → menos U necessárias).
- Treinos intensos/anaeróbicos: podem elevar a glicose no curto prazo; ajuste individual é essencial.
Condições clínicas & medicamentos
- Doenças agudas e infecções: frequentemente aumentam a resistência à insulina (necessidade maior de U).
- Fármacos: corticoides e alguns outros medicamentos alteram a glicemia; pode exigir ajustes temporários.
Tecnologia & absorção
- Local de aplicação: lipodistrofia/rotação inadequada reduzem absorção.
- Tempo–ação da insulina: diferentes análogos (ex.: asparte, lispro, glulisina) têm perfis que interferem no momento e na dose.
Variabilidade individual
- Resposta única: genética, massa corporal, metabolismo e hábitos alimentares influenciam ISF/ICR.
- Ajuste contínuo: revise dados (capilar/CGM), pós-prandiais e tendências para refinar os parâmetros com sua equipe de saúde.
Boas práticas de insulino-terapia
- Contagem de carboidratos consistente: utilize rótulos, pesagem em balança e/ou aplicativos confiáveis; valide porções com frequência.
- Meça a glicemia antes de aplicar o bolus: em CGM (Monitorização Contínua da Glicose), observe tendência (setas) e o atraso fisiológico do sensor.
- Ajuste timing do bolus: para alimentos de alto índice glicêmico, considerar aplicar alguns minutos antes; para refeições ricas em gordura/proteína, avalie estratégias individuais com seu endocrinologista.
- Revisão periódica de parâmetros: reavalie ISF (Fator de Sensibilidade à Insulina) e ICR (Razão Insulina–Carboidrato) com base nos resultados pós-prandiais (2–4 h) e em padrões ao longo da semana.
- Priorize a segurança na hipoglicemia: trate primeiro (< 70 mg/dL ou < 3,9 mmol/L) com ~15 g de carbo de ação rápida e reavalie; só então considere nova dose de insulina, se indicada.
- Rotacione os locais de aplicação: alterne abdome, coxas, nádegas e braços para reduzir risco de lipodistrofia e melhorar a absorção.
- Considere atividade física: planeje lanches/ajustes antes e após exercícios; lembre que a sensibilidade pode aumentar por horas.
- Revise interferências medicamentosas/doenças: infecções, febre ou corticoides podem elevar a glicose e demandar ajustes temporários alinhados com seu médico.
- Registre e aprenda com os dados: anote doses, carbo, glicemias e eventos (ex.: treino, estresse); use essas informações para personalizar decisões com o endocrinologista.
Perguntas frequentes (FAQ)
Posso usar em mmol/L?
Sim. A calculadora aceita mg/dL e mmol/L. Ao trocar a unidade, os campos de glicemia e o ISF (Fator de Sensibilidade à Insulina) são convertidos automaticamente (1 mmol/L = 18 mg/dL).
O que fazer se o resultado parecer alto ou baixo?
Revise: (1) contagem de carboidratos (pesagem/rotulagem), (2) tendências do CGM (Monitorização Contínua da Glicose) e atraso do sensor, (3) horário da refeição e (4) exercício nas últimas horas. Em seguida, reavalie ISF e ICR (Razão Insulina–Carboidrato) com sua equipe de saúde.
Como a ferramenta calcula a dose?
O total sugerido é a soma de bolus para carboidrato (carbo ÷ ICR) com a correção ((glicemia atual − alvo) ÷ ISF), respeitando o cap de correção (teto opcional), aplicando redução por exercício se marcada e arredondando ao passo definido (p.ex. 0,5 U).
O que é “cap” de correção?
É um teto para a parcela de correção quando você também vai comer. Limita a correção a um múltiplo do bolus de carbo (ex.: 1,5×), reduzindo risco de hiper-correção. Em correções isoladas (sem alimento), considere desativar o cap.
Quando usar o ajuste por exercício?
Se houver atividade física nas próximas 2–3 horas (principalmente aeróbica), a sensibilidade à insulina tende a aumentar. A opção aplica uma redução percentual no total estimado. Ajuste com prudência.
Como estimar ISF e ICR a partir da DTD?
Use as regras de bolso: ISF estimado ≈ (Constante ISF ÷ DTD), tipicamente “1800” para mg/dL/U; ICR estimado ≈ (Constante ICR ÷ DTD), tipicamente “500” para g/U. As constantes podem ser personalizadas na interface e devem ser validadas com o endocrinologista.
Como calibrar ISF (Fator de Sensibilidade) e ICR (Razão Insulina–Carboidrato)?
Observe glicemias 2–4 h após as refeições e padrões semanais. Pós-prandiais altos sugerem ICR “generoso” (g/U alto) ou ISF fraco; quedas frequentes sugerem ICR “apertado” ou ISF forte. Ajustes devem ser graduais e feitos com sua equipe de saúde. Manhã e noite podem requerer valores diferentes.
O que a calculadora faz em caso de hipoglicemia?
Se a glicemia estiver < 70 mg/dL (ou < 3,9 mmol/L), a ferramenta alerta e não sugere bolus. Priorize tratar a hipo (p.ex., ~15 g de carboidrato de ação rápida) e reavaliar.
A ferramenta funciona para gestantes e crianças?
Esses grupos exigem protocolos específicos. Use a calculadora apenas com orientação especializada e parâmetros definidos pela equipe de saúde que acompanha o caso.
Devo considerar o tempo–ação da insulina?
Sim. Análogos de ação rápida (asparte, lispro, glulisina, entre outros) têm início, pico e duração diferentes. O timing da aplicação (p.ex., alguns minutos antes de refeições de alto índice glicêmico) influencia o controle pós-prandial.
Perdi o bolus da refeição. E agora?
Se esquecer de aplicar antes, considere aplicar assim que lembrar e monitorar glicemias com maior frequência. Para refeições ricas em gordura/proteína, pode haver picos tardios. Ajustes devem ser individualizados.
Álcool interfere na dose?
O álcool pode aumentar o risco de hipoglicemia tardia, especialmente à noite. Discuta estratégias de dose e alimentação com sua equipe de saúde quando houver consumo de bebidas alcoólicas.
E em dias de doença (“sick day rules”)?
Doenças agudas e infecções tendem a elevar a glicemia e a resistência à insulina. Siga o protocolo prescrito (checagem de cetonas, hidratação, possíveis ajustes de dose) e procure orientação médica.
Uso bomba de insulina ou algoritmos automáticos. Posso usar?
Bombas e sistemas híbridos/automáticos têm regras próprias para bolus/correções. A calculadora pode servir como referência educativa, mas não substitui o algoritmo da bomba. Siga o manual e o protocolo da equipe de saúde.
Como escolher o passo de arredondamento?
Canetas comuns usam 0,5 U; bombas permitem 0,1 U. Selecione o passo que corresponde ao seu dispositivo para aproximar o resultado à sua realidade de aplicação.
A calculadora substitui meu médico?
Não. É uma ferramenta educacional para apoiar entendimento e estimativas. Parâmetros e ajustes de dose devem ser validados pelo seu endocrinologista.
Aviso importante (leia antes de usar)
Esta calculadora e os textos associados têm finalidade estritamente educacional e não constituem aconselhamento médico, diagnóstico, prescrição ou plano terapêutico. O uso é de sua responsabilidade. Não utilize esta ferramenta para decidir condutas sem validação do seu médico responsável.
- Não substitui consulta, exame físico, interpretação clínica ou julgamento profissional.
- Qualquer ajuste de dose (ISF, ICR, alvo, DTD, estratégia de correção) deve ser validado pelo seu endocrinologista.
- Em emergências (p. ex., confusão, vômitos persistentes, respiração acelerada, dor torácica, hipoglicemia grave, sinais de cetoacidose, cetonemia/cetonúria moderada/alta) não use a calculadora; procure imediatamente um serviço de saúde ou o serviço de emergência local.
- Gestação, pediatria, doenças agudas, uso de corticoides, cirurgias, infecções, bombas de insulina e sistemas automatizados exigem protocolos específicos — esta ferramenta pode não refletir tais particularidades.
- Os resultados dependem da exatidão das entradas (carboidratos, unidade mg/dL/mmol/L, ISF/ICR, DTD, tendências do CGM). Erros de entrada geram recomendações inadequadas.
- A lógica de cálculo (carbo ÷ ICR, correção = (atual − alvo) ÷ ISF, ajustes e arredondamento) é uma estimativa simplificada e pode não ser apropriada para todos os casos.
- Os links externos e marcas citadas pertencem aos respectivos detentores; não há patrocínio, endosso ou garantia sobre conteúdo de terceiros.
- Esta ferramenta não coleta dados clínicos para assistência; não armazene aqui informações que você não deseja compartilhar.
Ao continuar, você reconhece que leu e compreendeu este aviso e concorda em consultar seu profissional de saúde antes de implementar qualquer mudança na sua terapia de insulina.
Versão da calculadora
Calculadora de Bolus — v1.0
Primeira publicação estável: lógica de bolus para carboidrato e correção (com cap opcional), suporte a mg/dL e mmol/L com conversão automática, estimativa de ISF (Fator de Sensibilidade à Insulina) e ICR (Razão Insulina–Carboidrato) a partir da DTD, ajuste por exercício e arredondamento configurável.
Status
Estável (release inicial).
Compatibilidade
Navegadores modernos;
Observações
Uso educacional; parâmetros devem ser validados pelo endocrinologista.
Notas de versão (changelog)
- v1.0: release inicial com todas as funcionalidades descritas acima.